Filósofos

Aristóteles

Aristóteles de Estagira, 384 a.C. – 322 a.C. filósofo grego, um dos maiores pensadores de todos os tempos. Suas reflexões filosóficas – por um lado originais e por outro reformuladoras da tradição grega – acabaram por configurar um modo de pensar que se estenderia por séculos. Prestou inigualáveis contribuições para o pensamento humano, destacando-se: ética, política, física, metafísica, lógica, psicologia, poesia, retórica, zoologia, biologia, história natural e outras áreas de conhecimento. É considerado por muitos o filósofo que mais influenciou o pensamento ocidental. Por ter estudado uma variada gama de assuntos, e também por ter sido um discípulo que em muito sentidos ultrapassou seu mestre, Platão, Aristóteles é conhecido também como o Filósofo.


Blaise Pascal

Blaise Pascal (Clermont-Ferrand, Puy-de-Dôme, 19 de Junho de 1623 – Paris, 19 de Agosto de 1662) – Extraordinário filósofo, físico e matemático francês de curta existência, que como filósofo e místico criou uma das afirmações mais pronunciadas pela humanidade nos séculos posteriores, O coração tem razões que a própria razão desconhece, síntese de sua doutrina filosófica: o raciocínio lógico e a emoção. Filho de um professor de matemática, Etienne Pascal, foi educado sobre forte influência religiosa e tornou-se extremamente ascetista, escrevendo várias obras religiosas. Seu talento precoce para as ciências físicas levou a família para Paris, onde ele se dedicou ao estudo da matemática.


Charles Sanders Peirce

Pensador original, desenvolveu uma lógica na caracterização do surgimento das diferentes espécies de signos, em nove tipos, gerados a partir de nosso processo de conhecimento, que por sua vez é obtido a partir de três etapas:

  • Primeiridade (firstness): a coisa como ela é: ex: vermelho
  • Secundidade (secondness): uma categoria de relação: ex: cor vermelha
  • Terceiridade (thirdness): relação da secundidade com um terceiro; ex: vejo a cor vermelha.

O surgimento do signo se dá, portanto, a partir de uma triangulação entre um signo 1º (representamen), gerado a partir da percepção de um objeto (signo 2º), acrescido de uminterpretante (signo 3º), na seguinte ordem:

  • representamen: 1º: quali-signo;2º: sin-signo; 3º: legi-signo
  • objeto: 1º: ícone; 2º: índice; 3º: símbolo
  • interpretante: 1º: termo; 2º: proposição; 3º: argumento.

Exemplos discriminados:

  • Quali-signo: é uma percepção primária: casa, vermelho, ideia
  • Sin-signo: é uma qualidade singular: céu azul
  • Legi-signo: é um sinal convencional; ex: sinal de trânsito
  • Ícone: a percepção de uma imagem; ex: uma paisagem
  • Índice: um signo em dimensão; ex: fita métrica
  • Símbolo: como um terceiro, é um signo cultural; ex: uma bandeira
  • Termo: a palavra proferida: casa, floresta, etc
  • Proposição, quando vincula informação; ex: texto literário
  • Argumento: como um raciocínio, adquire formas lógicas.

Apesar de seus esforços lógicos, Peirce tornou-se adepto de uma semiose ilimitada, ou seja, a compreensão dos signos se processando sempre de forma combinatória, ou seja, uma lógica não-positivista, envolvendo todas as características necessárias para  uma cada vez melhor percepção de seus significados.

Adepto de cada percepção como uma singularidade (haecceity), reconhece nelas uma intuição gerada a partir de relações do espírito com a matéria.


Émile Durkheim

Émile Durkheim (Épinal, 15 de abril de 1858 – Paris, 15 de novembro de 1917) é considerado um dos pais da sociologia moderna. Durkheim foi o fundador da escola francesa de sociologia, posterior a Marx, que combinava a pesquisa empírica com a teoria sociológica. É reconhecido amplamente como um dos melhores teóricos do conceito da coerção social. Partindo da afirmação de que “os fatos sociais devem ser tratados como coisas”, forneceu uma definição do normal e do patológico aplicada a cada sociedade, em que o normal seria aquilo que é ao mesmo tempo obrigatório para o indivíduo e superior a ele, o que significa que a sociedade e a consciência coletiva são entidades morais, antes mesmo de terem uma existência tangível.


Epicuro

Epicuro de Samos foi um filósofo grego do período helenístico. Seu pensamento foi muito difundido e numerosos centros epicuristas se desenvolveram na Jônia, no Egito e, a partir do século I, em Roma, onde Lucrécio foi seu maior divulgador. A doutrina de Epicuro entende que o sumo bem reside no prazer e, por isso, foi uma doutrina muitas vezes confundida com o hedonismo. O prazer de que fala Epicuro é o prazer do sábio, entendido como quietude da mente e o domínio sobre as emoções e, portanto, sobre si mesmo. É a própria Natureza que nos informa que o prazer é um bem.


Euclides

Euclides de Alexandria (360 a.C. – 295 a.C.) foi um professor, matemático platônico e escritor de origem desconhecida, criador da famosa geometria euclidiana: o espaço euclidiano, imutável, simétrico e geométrico, metáfora do saber na antiguidade clássica, que se manteve incólume no pensamento matemático medieval e renascentista, pois somente nos tempos modernos puderam ser construídos modelos de geometrias não-euclidianas. Teria sido educado em Atenas e freqüentado a Academia de Platão, em pleno florescimento da cultura helenística.


Friedrich Nietzsche

Friedrich Wilhelm Nietzsche (Röcken, 15 de Outubro de 1844 – Weimar, 25 de Agosto de 1900) foi um influente filósofo alemão do século XIX. Crítico da cultura ocidental e suas religiões e, conseqüentemente, da moral judaico-cristã. Associado, ainda hoje, por alguns ao niilismo e ao fascismo. Uma visão que grandes leitores e estudiosos de Nietzsche, como Foucault, Deleuze ou Klossowski procuraram desfazer.


Gaston Bachelard

Pensador original, introduziu na filosofia a imaginação e o repensar da estrutura das ciências, sendo, por isso, um epistemólogo de primeira grandeza.

Exerceu profunda influência sobre Michel Foucault, Louis Althusser e outros pensadores estruturalistas e/ou marxistas, demonstrando as descontinuidades ou cortes epistemológicos necessários à compreensão dos discursos sobre a ciência e a filosofia.

No livro A Filosofia do Não faz a distinção necessária entre olhar (experiência) e ver (representar) e acentua como eles devem caminhar pari passu na condução da pesquisa.

Na continuidade, no livro O Novo Espírito Científico, Bachelard reconhece o elo inextricável entre empirismo e racionalismo, que necessitam ser enriquecidos pelo simbólico e pelo semiótico.

Anticartesiano, Bachelard propõe a conceituação de um surrealismo, necessário para preencher o abstrato das construções racionais, como realiza em seu livro A Terra e os Devaneios da Vontade, no qual procura demonstrar o que significa uma ‘imaginação criativa’, uma espécie de ‘sonho acordado’, semiconsciente.

Mais próximo de Jung do que de Freud, nosso filósofo não se esquece dos quatro elementos primários que moldam nossa psique: fogo, água, ar e terra.

Finalmente, se o conceito se encaixa no lado masculino das coisas (o dia), a imagem tende para o lado feminino (a noite). Sendo este o lado que prepondera sobre a nossa realidade.


Immanuel Kant

Immanuel Kant ou Emanuel Kant (Königsberg, 22 de Abril de 1724 – Königsberg, 12 de Fevereiro de 1804) foi um filósofo prussiano, geralmente considerado como o último grande filósofo dos princípios da era moderna, um representante do Iluminismo, indiscutivelmente um dos seus pensadores mais influentes. Kant teve um grande impacto no Romantismo alemão e nas filosofias idealistas do século XIX, tendo esta sua faceta idealista sido um ponto de partida para Hegel.


Jean-Jacques Rousseau

Jean-Jacques Rousseau (28 de Junho de 1712, Genebra – 2 de Julho de 1778, Ermenonville, perto de Paris) foi um filósofo suíço, escritor, teórico político e um compositor musical autodidata. Uma das figuras marcantes do Iluminismo francês, Rousseau é também um precursor do romantismo. Rousseau foi uma das principais inspirações ideológicas da segunda fase da Revolução Francesa – a última das revoluções modernas, e que deu início a um longo período de terror e instabilidade política, que acabaria por levar à ditadura de Napoleão. Do Contrato Social, de sua autoria, inspirou muitos dos revolucionários e regimes nacionalistas e opressivos subsequentes a esse período, um pouco por toda a Europa continental.


Karl Marx

Karl Heinrich Marx (Tréveris, 5 de maio de 1818 – Londres, 14 de março de 1883) foi um intelectual alemão considerado um dos fundadores da Sociologia. Também podemos encontrar a influência de Marx em várias outras áreas (tais como filosofia, economia, história) já que o conhecimento humano, em sua época, não estava fragmentado em diversas especialidades da forma como se encontra hoje. Teve participação como intelectual e como revolucionário no movimento operário, sendo que ambos (Marx e o movimento operário) influenciaram uns aos outros durante o período em que o autor viveu. Atualmente é bastante difícil analisar a sociedade humana sem referenciar-se, em maior ou menor grau, à produção de K. Marx, mesmo que a pessoa não seja simpática à ideologia construída em torno de seu pensamento intelectual, principalmente em relação aos seus conceitos econômicos.


Louis Althusser

Teórico marxista de inclinação estruturalista, via no social a precedência sobre os indivíduos; porém, enxerga este social em setores relativamente autônomos (cultural, político, jurídico, econômico, etc)

Em sua obra Ler o Capital, quer nos orientar como obter o sentido verdadeiro das expressões de Marx, deixando o economicismo, para, numa leitura sintomática, perceber seus elos com os Manuscritos Econômicos e Filosóficos e as Teses sobre Feuerbach, obras da juventude de Marx.

A estratégia de Althusser consiste, portanto, em iniciar uma prática de leitura que possa indicar ‘o modo de produção’ das ideias marxistas, impregnadas subrepticiamente de Hegel e Feuerbach. Ora, esta análise nos permite antever os aspectos ideológicos dos textos, combinados com as disposições (in)conscientes de seus autores!

Em acréscimo, nos afirma Althusser, não há como deixar de considerar as estruturas ideológicas dos ‘aparelhos de estado’, como escolas, governo, igrejas, família, meios de comunicação, etc, que reproduzem as dominações de classes.


Marcel Mauss

Sobrinho de Emile Durkheim,  Mauss começa suas pesquisas relacionadas às ‘técnicas do corpo’, através do que veio a influenciar de forma marcante o pensamento de Michel Foucault e Pierre Bourdieu, entre outros.

Em 1925 criou o Instituto de Etnologia e em 1930 foi eleito para o ‘Collège de France’. Exerceu também forte influência sobre Claude Levi-Strauss, o maior antropólogo do século XX, que escreveu um livro dedicado à sua obra.

O livro mais conhecido de Mauss é o ‘Ensaio sobre a Dádiva’, na qual argumenta que esta envolve três momentos obrigacionais: dar, receber e retribuir, como formas desprendidas de benemerência. A dádiva, portanto, não é uma simples troca de bens e sua presença é fundamental para manter a vida social.

Para ele, mesmo uma simples troca de objetos deve estar  revestida de valor intrínseco, pois eles possuem alma e espiritualidade. Contudo, essas trocas se tornaram formalizadas através da economia e das leis, se tornando minimamente presentes nas formas sociais espontâneas. Não obstante, ‘dar é mostrar superioridade’ e tudo haveremos de fazer no sentido de superar nossos egoísmos de posse. (Fonte: Cinquenta Pensadores Contemporâneos Essenciais, de John Lechte. Rio, Ed Difel, 2002).


Martin Heidegger

Martin Heidegger (Messkirch, 26 de Setembro de 1889 – Friburgo, 26 de Maio de 1976) foi um filósofo alemão. Nascido na pequena vila de Messkirch, inicialmente ele quis ser padre e chegou mesmo a estudar num seminário. Depois, ele estudou na Universidade de Friburgo com o professor Edmund Husserl, o fundador da fenomenologia e tornou-se professor ali em 1928. É seguramente um dos pensadores fundamentais do século XX, quer pela recolocação do problema do ser e pela refundação da Ontologia, quer pela importância que atribui ao conhecimento da tradição filosófica e cultural. Heidegger foi sobretudo um fenomenologista. Sua filosofia foi considerada como “lixo” por membros do Círculo de Viena e filósofos britânicos como Bertrand Russell, Alfred Ayer ou Ernest Gellner.


Maurice Merleau-Ponty

De 1945 a 1952 Maurice Merleau Ponty trabalhou na companhia de Sartre, editando o periódico ‘Les temps Modernes’. Sua principal obra Fenomenologia da Percepção expõe suas filiações ao pensamento de Husserl e Sartre. Mais tarde, aliou suas teorias ao problema da linguagem, em Saussure.

Merleau Ponty inicia sua filosofia criticando o vazio do cogito cartesiano ‘penso, logo existo’, pois para ele só pode haver conhecimento a partir do eu concebido como corpo, engajado em seu espaço. Assim, perceber não é o mesmo que pensar.

Depois disso, Merleau Ponty se engaja na filosofia de Saussure, incorporando aspectos estruturalistas e semióticos, sob prismas fenomenológicos. Não obstante, seus esforços não conseguem superar as aporias que o fenomenólogo constata em suas pesquisas. (Ver resumo do livro Conversas, de 1948, neste site).


Mikhail Bakhtin

Pensador russo cuja trajetória intelectual passa por três momentos: 1) primeiros ensaios, sobre ética e estética; 2) livros e artigos sobre a história do romance e 3) ensaios póstumos sobre os temas anteriores.

No estudo sobre a obra de Rabelais, Bakhtin desenvolve o conceito de carnavalização, festividade cultural comum na Idade Média, que sintetiza algumas atitudes estereotipadas:

  1. O riso, que não é paródico, irônico ou satírico, pois a hilaridade carnavalesca é ambivalente: é espontânea no sentir e obrigatória no manifestar (da ocasião).
  2. A máscara, pois como nos diz Bakhtin, ‘ela é conectada com a alegria da mudança e da reencarnação, com a relatividade alegre e a feliz negação da uniformidade e da similaridade. A máscara é relacionada à transição, à metamorfose, à violação de limites naturais, à galhofa e aos apelidos familiares’. Ela contém o elemento lúdico da vida.
  3. O desempenho ou representação:  como uma das formas essenciais da apresentação de verdades relativas, os processos de carnavalização guardam uma relação íntima com a literatura, que ele encontra em Dostoiewski e Rousseau. Tais comparações conduzem Bakhtin à criação do termo cronótopo, ou seja, as relações das obras literárias com o tempo e o espaço. (Fonte: JOHN LECHTE, 50 Pensadores Contemporâneos Essenciais. Rio, Ed DIFEL, 2002).

Pierre Bourdieu

Sociólogo de pensamento complexo, pretende interpretar a sociedade como um palco de dominação no qual as forças dominantes não exercem um domínio explícito, pois elas não forçam diretamente a submissão de uma classe sobre outra.

Oscilando entre estruturalismo e ideologia, sua obra principal ‘On outline of a theorie of practice’, o autor caracteriza três segmentos na formação do conhecimento teórico: 1) uma experiência primária, de caráter fenomenológico, de apreensão e análise do objeto; 2) nível do modelo, através do qual se monta a estrutura das ‘relações objetivas’, p. ex, econômicas ou linguísticas; 3) nível reflexivo, envolvendo as ideologias operativas dos intérpretes.

Dessa forma, pretendendo unir a teoria com a prática, escreveu as obras ‘Homo Academicus, Distinction’ e ‘La Noblesse d’Etat’: Les grands ecoles et esprit de corps’. Enfatizando a importância do hábito, considera-o fundamental para se conseguir uma visão unificada da teoria com a prática, uma conquista do conhecimento objetivo.


Platão

Platão de Atenas (428/27 a.C. – 347 a.C.) foi um filósofo grego. Discípulo de Sócrates, fundador da Academia e mestre de Aristóteles. Acredita-se que seu nome verdadeiro tenha sido Aristócles; Platão era um apelido que, provavelmente, fazia referência à sua caracteristica física, tal como o porte atlético ou os ombros largos, ou ainda a sua ampla capacidade intelectual de tratar de diferentes temas. Plátos, em grego significa amplitude, dimensão, largura. Sua filosofia é de grande importância e influência. Platão ocupou-se com vários temas, entre eles ética, política, metafísica e teoria do conhecimento.


René Descartes

René Descartes (31 de Março de 1596, La Haye en Touraine, França – 11 de Fevereiro de 1650, Estocolmo, Suécia), também conhecido como Cartesius, foi um filósofo, um físico e matemático francês. Notabilizou-se sobretudo pelo seu trabalho revolucionário da Filosofia, tendo também sido famoso por ser o inventor do sistema de coordenadas cartesiano, que influenciou o desenvolvimento do Cálculo moderno. Descartes, por vezes chamado o fundador da filosofia moderna e o pai da matemática moderna, é considerado um dos pensadores mais importantes e influentes da história humana.


Roland Barthes

Pensador de perfil multifacetado, incorpora significativa diversidade, abrangendo teoria semiótica, ensaios críticos, o prazer do texto, o amor e a fotografia.

Assim, em seu livro Mitologias (1957) esboça suas primeiras críticas à sociedade burguesa. Despojado de índole marxista ou religiosa, suas preocupações são dirigidas para uma análise semiótica das situações, em termos de significantes e significados, ou a retórica de escolha e sustentação dos argumentos.

Mais que um conceito, ideia ou objeto, o mito deve ser visto como uma inflexão, um propósito, uma mensagem, cabendo ao semiólogo decifrá-lo. Tal ocorre p.ex com o fenômeno da moda, os detalhes de uma fotografia, que acabam sempre denunciando preconceitos e ideologias, presentes em signos que se ocultam.

Assim, a semiologia, inspirada por Saussure e Greimas, está sempre atenta aos aspectos significativos das coisas. Com tal propósito, escreveu Elementos de SemiologiaRoland Barthes pour Roland Barthes; A Câmara Clara, Nota sobre a Fotografia; Fragmentos de um Discurso Amoroso; o Prazer do Texto.

A conclusão do pensamento de Barthes é o fato significativo de que a sociedade burguesa vive na ilusão, por deixar de reconhecer os signos que a deveriam legitimar.


Santo Agostinho

Aurélio Agostinho (do latim, Aurelius Augustinus), Agostinho de Hipona ou Santo Agostinho foi um bispo católico, teólogo e filósofo que nasceu em 13 de Novembro de 354 em Tagaste (hoje Souk-Ahras, na Argélia); morreu em 28 de Agosto de 430, em Hipona (hoje Annaba, na Argélia). É considerado pelos católicos santo e doutor da doutrina da Igreja.


Santo Anselmo

Anselmo de Cantuária (1033/1034 – 21 de Abril 1109), nascido Anselmo de Aosta (por ser natural de Aosta, hoje na Itália), e também conhecido como Santo Anselmo, foi um influente teólogo e filósofo medieval italiano de origem normanda. Foi Arcebispo de Cantuária entre 1093 e 1109 (sucedendo a Lanfranco, ele também um italiano), por nomeação de Henrique I de Inglaterra, de quem foi amigo e confessor, mas depois divergiu com ele na Questão das Investiduras. É considerado o fundador do Escolasticismo e é famoso como o inventor do argumento ontológico a favor da existência de Deus.


São Tomás de Aquino

São Tomás de Aquino, nascido em Roccasecca, arredores de Monte Cassino, (perto de Aquino, Itália, 1227 – abadia de Fossanova perto de Priverno, 7 de Março 1274), canonizado pela Igreja Católica, foi um frade dominicano e teólogo italiano. Foi o mais distinto expoente da Escolástica. Nascido em família nobre, estudou filosofia em Nápoles e depois em Paris, onde se dedicou ao ensino e ao estudo de questões filosóficas e teológicas.


Sigmund Freud

Médico, criador da Psicanálise, a ciência que procura desvendar o inconsciente (reações psicológicas espontâneas). Defensor de uma interpretação aberta para tornar possível a compreensão dos fenômenos psíquicos, publicou seu primeiro livro em colaboração com Joseph Breuer, “Estudos sobre a histeria’, a partir de um caso clínico concreto,.

Para Freud a psique é uma estrutura de significado, antes de ser uma entidade física. Ela tem a ver com processos simbólicos e, logo, pede interpretações. É assim que Freud interpreta os sonhos, relacionando-os com nossos desejos. Estes, são disfarces da sexualidade do sonhador e têm a ver com os signos e os simbólicos.

No livro Interpretação dos Sonhos, Freud explica de que forma os impulsos sexuais são deslocados, criando  os disfarces que muitas vezes tornam os sonhos imcompreensíveis, num processo de imaginação desenfreada.

Freud destaca igualmente o papel relevante das repressões como estímulos para a produção de sonhos. Elas (tensões e recalques) são assumidos inconscientemente pela psique, explodindo simbolicamente enquanto a pessoa dorme. Nesse aspecto, são relevantes os traumas sexuais, que influenciam a vida pessoal e familiar mesmo na vida prática, como os complexos de Édipo e de Eletra (Fonte: 50 Pensadores Contemporâneos Essenciais, de John Lechte. Rio Ed DIFEL, 2002)


Sócrates

Sócrates (470 a.C. – 399 a.C.) foi um filósofo ateniense e um dos mais importantes ícones da tradição filosófica ocidental. Podemos afirmar que Sócrates fundou o que conhecemos hoje por filosofia ocidental. Foi influenciado pelo conhecimento de um outro importante filósofo grego: Anaxágoras. Seus primeiros estudos e pensamentos discorrem sobre a essência da natureza da alma humana. Sócrates foi inovador no método e nos tópicos em que ele abordou. Sua contribuição à filosofia ocidental foi essencialmente de caráter ético.


Thomas Hobbes

Thomas Hobbes (Malmesbury, 5 de abril de 1588 – Hardwick Hall, 4 de dezembro de 1679) foi um matemático, teórico político, e filósofo inglês, autor de Leviatã (1651) e Do cidadão (1651). Na obra Leviatã, explanou os seus pontos de vista sobre a natureza humana e sobre a necessidade de governos e sociedades. No estado natural, enquanto que alguns homens possam ser mais fortes ou mais inteligentes do que outros, nenhum se ergue tão acima dos demais por forma a estar além do medo de que outro homem lhe possa fazer mal.