Vamos rotular o Papa Francisco?

papafrancisco1Segundo o dicionário, rotular é a operação destinada a identificar um produto, uma pessoa ou acontecimento. Não obstante, o tema, corriqueiro em nossas atividades mentais, tem sido pouco explorado dentro das perspectivas da teoria do conhecimento, o que está a merecer um tratamento mais acurado.

A arte de compor sínteses imaginárias com vistas a emitir a impressão mais marcante de uma pessoa, um produto ou uma ocorrência momentânea é o que constitui a nossa atividade espiritual mais familiar, envolvendo um esforço semiótico. Dessa forma, ela só pode ser obtida através de nossa capacidade intuitiva, o fator mais importante no momento em que se dá o fiat da iluminação conceitual. Não obstante, há de haver um consenso médio que possa oferecer a consistência mais plausível de suas características ressaltadas.

Ora, a visita recente do papa Francisco entre nós está a nos oferecer o ensejo oportuno para que obtenhamos uma impressão rotular de sua personalidade, marcada, sobretudo, pela simplicidade, honestidade e humanismo, podendo mesmo ser considerado a materialização histórica dos ideais de seus grandes antecessores, João XXIII e João Paulo II.

Assim, dotado de espírito profundamente prático, sua santidade relega a teologia para um segundo plano, quando se trata de resolver os problemas cruciais que atingem a humanidade, o que demonstra a sua total indiferença em relação  aos preconceitos que comumente complicam a convivência entre os diversos cultos.

Propugnando pela união de todas as crenças no propósito de transformar o mundo, o papa Francisco passa a representar uma liderança hoje profundamente carente no panorama da vida pública mundial, dados seus comprometimentos com políticas de domínio e eficiência econômica.

Demonstrando um coração aberto de compreensão às limitações humanas, sua santidade é a própria figura de Cristo entre nós, cujo amor ultrapassou todos os obstáculos. O papa é mesmo muito simpático e haverá de renovar os ideais cristãos entre nós.