Adão e Eva não são apenas ficções!

Atualmente estão os biólogos muito preocupados em descobrir porque a raça humana de hominídeos evoluiu em tão pouco tempo, contrariando a tese clássica de Darwin baseada na seleção natural. Alguns deles chegam a aventar que algum extraterrestre teria inoculado no DNA dos primatas um gene especial que permitiu com que a raça humana, queimando etapas, pudesse alçar rapidamente ao domínio da natureza e do espaço sideral (sic).

Ora, isto significa, modus in rebus, aceitar a tese bíblica de Adão e Eva, a criação humana divina pela ação de Jahvé, através da qual somos considerados imagens e semelhança do próprio Criador! Há, pois, em nós, um selo espiritual que nos permite sermos diferentes de todos os outros animais.

Não obstante, considerar os seres humanos em sua origem divina é uma graça acessível apenas a quem experimenta o amor alimentado pela fé e sente, em cada encontro com as pessoas, a feliz oportunidade de abrir-se em alegria e presença, dentro daquele sentimento de fraternidade da qual Jesus deu o exemplo maior.

É nesse sentido que as religiões e a sociedade, respeitando a dignidade humana e sendo tolerantes com as fraquezas humanas, devem dar rapidamente o salto qualitativo em suas doutrinas, não matando em nome de Deus, nem escravizando o ser humano, mas tudo fazendo para que a humanidade alcance um patamar amoroso de unidade compatível com suas origens comuns e transcendentes.

Pois Deus criou o ser humano à Sua Imagem, dotando-o de criatividade, racionalidade, sentimento e liberdade, para que assim tornem-se dignos, por seus próprios esforços, de merecer o paraíso que está à sua frente, desde que avancem apenas mais um pequeno passo na direção de sua evolução, que haverá de ser positiva na paz e na harmonia (nem que isto envolva o transcurso de muitas gerações).

Pois ser otimista em relação ao futuro da humanidade é mais um fator a corroborar nossa fé nas promessas de Cristo, que a, todo momento, nos convoca para a edificação do Reino, que está in nuce entre nós.

Há, pois, um fundo de verdade científica em cada descrição mítica que a Bíblia nos relata; para tanto, basta apenas considerá-los como processos simbólicos intuitivos de nossa espiritualidade, onde repousam nossas verdades originais.